quarta-feira, 21 de julho de 2010

.:: Releitura ::.

Pertenço ao meu retiro aflito e posso ver a diafaneidade do vidro que forma a redoma dentro da qual sobrevivo.
Meu sorriso angustiado lacrimeja um pranto que, apesar de cinzento e silencioso, se vê coberto de recordações coloridas e iluminadas.
As janelas do passado, apesar de fechadas, permanecem acesas e, assim, posso ver por entre as frestas, uma luz incandescente, um fulgor incessante. E é do calor daquela e do brilho deste que abasteço minha existência. O choro torna-se a lenha que faz arder a chama do tempo decorrido. As lembranças são aquelas brasas que insistem em revelar-se por entre as cinzas, uma vez apagada a grande fogueira.E cada lágrima faz brotar faíscas, estas não me fazem menos feliz. Ao contrário, são capazes de me transportar até a fonte de felicidade que ficou em alguma cena do que esvaiu-se em páginas viradas de um livro inacabado. Sei que relê-las não é regredir.

6 comentários:

  1. juhzinha nunca vi um jeito de escrever tão... como dizer... impressionante uheuheu vc é demais! tem muito talento pra se expressar, continua assim! beijaoooo s2

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  2. Faço das palavras do amigo acima as minhas palavras. LIndo a forma que escreves, poético na escolha das palavras, sensível na forma de conduzí-las. Parabéns moça! Hora do blog virar livro. Se já tem algum lançado (caso eu não saiba), faço outro. Pessoas como você não se podem dar ao luxo de não escrever. Escreva sempre, sempre!

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  3. Olá, meu caro Antônio!

    Muitíssimo obrigada pelas lindas palavras que, vindas de alguém talentoso como você, são ainda melhor recebidas.
    Meus mais sinceros parabéns também pelo seu blog!
    Volte sempre ao meu, viu?

    Um grande beijo da amiga pernambucana,

    Juliana Mangabeira

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  4. Uma luz emitida no passado consegue iluminar a gente mesmo após um longo tempo, assim como a luz de uma estrela apagada a tempos é vista hoje aqui na Terra.

    Adorei seu texto.

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